quarta-feira, 13 de março de 2013

Linguagem Corporal



Eduardo Lima Siqueira

Oficina de Modelo Vivo do SESC Pompeia, São Paulo.


Linguagem Corporal



Vamos juntos estudar, representar, analisar vivenciar e descobrir através da Arte Corporal ensinamentos sobre o comportamento do artista, do ser humano, do homem comum, ou seja, da nossa vida, desvendando através das expressões faciais e todas as mudanças corporais durante uma conversa descobrindo pela analise corporal o que realmente se deseja falar.
Você já parou para pensar, que os gestos corporais falam por si?
Sem notarmos em nosso dia a dia, em nossas conversas diárias, estamos sempre gesticulando com as mãos e fazendo caras e bocas.
Alguns gestos são reveladores e podem denunciar mentiras e o estado de espirito da pessoa.

Cabe a nós Turma 517 Artes Visuais expor aqui alguns conceitos, ideias e ensinamentos a serem assimilados, criticados e opinados por todos que nos visitarem, criticar e interagir, se incluir faz agora parte da nossa formação e melhor aprendizado.

Sejam bem vindos e palpitem, olhem, analisem e disseque a vontade, A Turma 517 Arte Corporal é plena, pois cuida do corpo e trabalha com conhecimento a mente.

Cordialmente,



Alunos

Eduardo Lima de Siqueira RA- 6814015789

Paulo Rogério Lopes Neves RA- 6816378233

Sidney Sena de Brito RA- 6660412361
 




Significados dos gestos


Você já parou para pensar, que os gestos corporais falam por si ?

Sem notarmos em nosso dia a dia ,em nossas conversas diárias estamos sempre gesticulando com as mãos e fazendo caras e bocas .
Alguns gestos são reveladores,e podem denunciar mentiras e até estado de espirito.
podemos ver abaixo alguns significados dos gestos.



Mãos nos quadril: Autoconfiança.



Pé a frente: Interesse de dominara atenção do outro.




Braços cruzados: Descontentamento da situação.


A linguagem corporal se refere a todas as nossas, expressões através dos movimentos, postura ou gestos, que se façam com as diferentes partes do corpo.


Um gesto vale mais do que mil palavras. Provavelmente você já ouviu esta frase, mas talvez não tenha se dado conta do quanto ela é verdadeira.

Quando aprendemos a prestar atenção em nossa linguagem corporal e a interpretar corretamente a dos outros, passamos a ter maior controle sobre as situações, pois podemos identificar sinais de abertura, de tédio, de atração ou de rivalidade e agir de forma adequada aos nossos objetivos.

A Linguagem Corporal é uma forma de comunicação não-verbal. Abrange principalmente gestos, postura, expressões faciais, movimento dos olhos e proximidade entre locutor e interlocutor (Proxêmica).

Contribuem para o estudo da Linguagem Corporal a Cinesiologia, ciência que analisa o movimento do corpo humano, a Paralinguagem, a PNL – Programação Neuro-Linguistica, a Neurociência, a Psicologia, a Proxêmica e a Oratória.

Os primeiros estudos científicos sobre linguagem corporal foram feitos por Charles Darwin e publicadas no livro “A expressão das emoções em homens e animais”. Darwin defendia que os mamíferos demonstravam suas emoções através de expressões faciais.





A linguagem corporal foi uma das primeiras formas de comunicação humana e continua sendo uma das mais fortes e expressivas. A Linguagem corporal vem sendo utilizada a milhões de anos e está relacionada principalmente ao sistema límbico (mesencéfalo), a segunda estrutura mais primitiva do nosso cérebro.

O surgimento da linguagem verbal há mais de 40.000 anos e da escrita, há 4.000 anos só foram possíveis com o desenvolvimento de uma complexa estrutura cerebral denominada de neocórtex.

Como seres humanos, podemos escolher palavras, criar imagens, fazer abstrações e mentir utilizando, sobretudo o neocórtex, porém o sistema límbico, responsável pelos sentimentos, envia impulsos elétricos ao corpo, gerando expressões e movimentos, muitas vezes sem nos darmos conta deles.

A linguagem corporal pode se manifestar estimulada também pela parte mais antiga e primitiva do cérebro, o sistema reptiliano. Essa estrutura, localizada no talo cerebral, controla as funções corporais e regula nossas necessidades de sobrevivência: batimento cardíacos, respiração, digestão e reprodução.



A importância da linguagem corporal



Os gestos e as expressões faciais falam muito mais do que as palavras. Albert Mehrabian, pioneiro em pesquisas sobre linguagem corporal, em estudos de 1950 apurou que a mensagem na comunicação interpessoal é transferida na seguinte proporção:

7% - Verbal (somente palavras) 38% - Vocal (incluindo tom de voz, velocidade, ritmo, volume e entonação) 55% - Não-verbal (incluindo gestos, expressões faciais, postura e demais informações expressas sem palavras)

O antropólogo, Ray Birdwhistel outro pioneiro no estudo da comunicação não-verbal descobriu que as palavras correspondem por menos de 35% das mensagens transmitidas numa conversa frente a frente. O restante em torno de 65% da comunicação é feito de maneira não-verbal.

Todos nascemos sabendo identificar algumas expressões faciais, gestos e posturas e também ao longo da vida aprendemos várias outras.

Porém devido à linguagem corporal não fazer parte do sistema educacional tradicional e ainda hoje ser pouco estudada e difundida, uma grande variedade de gestos passam despercebidos.



Utilização da linguagem corporal

Código


A linguagem corporal pode ser utilizada como código por determinados grupos. Militares e policiais, por exemplo, possuem códigos de gestos para transmitirem informações como acelerar, agrupar, parar ou bater em retirada.



A libras não pode se enquadrar neste artigo de linguagem corporal, pois: a libras é uma Língua de Sinais ( natural das comunidades surdas) com estruturas gramaticais próprias, compostas pelos seguintes níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico, assim como o português ou qualquer outra língua. O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial. Portanto descreve-la como uma forma de linguagem corporal é um equivoco comum. Não são apenas gestos, o que nas línguas orais-auditivas chamamos palavra, nas línguas de sinais é denominado sinais. Possuindo também regionalidades, como qualquer língua.



Gestos culturais


Culturalmente um povo pode adotar gestos característicos que os identifiquem. Assim como ocorre de existirem significados diferentes para um mesmo gesto em diferentes culturas.

O punho fechado com o polegar levantado na maioria dos países é interpretado como sinal de “positivo”. Na Itália é interpretado como um gesto obsceno, segundo Paulo Sérgio de Camargo, autor de Linguagem Corporal – Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais.

O sinal de “Ok” americano, realizado com a união de polegar e indicador, no Brasil quando feito abaixo do cotovelo também adquire significado vulgar.


Gestos de suporte ou complemento


Utilizada de maneira adequada, a linguagem corporal pode reforçar e enfatizar a mensagem oral pode complementar ou concluir raciocínios. Há muitos cursos de oratória que ensinam gestos e expressões capazes de dar suporte aos discursos e melhorar a comunicação.


Leitura das reais intenções e sentimentos do orador


Muitos especialistas se debruçam nesta área, pois podem perceber através dos gestos e expressões faciais se o que uma pessoa está dizendo condiz exatamente com seus sentimentos e reais intenções.

Giovanni Mileo, especialista brasileiro em linguagem corporal alerta que é preciso muita cautela na leitura de gestos e expressões corporais. Muitos deles, chamados de micro-expressões, são realizados em frações de segundo.

Sergio Sena, psicólogo que se dedica ao estudo do assunto reforça que as expressões de ansiedade e medo, assemelham-se aos sinais da mentira, o que incorre em muitos erros de interpretação.



Expressões inatas


Outra grande contribuição ao desenvolvimento dos estudos sobre linguagem corporal foi dada pelo psicólogo Paul Ekman. Partindo do pressuposto que Charles Darwin havia se enganado ao afirmar que os mamíferos já nascem sabendo interpretar e demonstrar um grupo de expressões faciais, Ekman dedicou mais de 40 anos da sua vida ao estudo das emoções humanas.

Por fim, acabou comprovando o pressuposto de Darwin e identificou 7 expressões inatas: raiva, alegria, tristeza, surpresa, medo, aversão e arrogância (considerada por alguns autores apenas como uma variação da expressão de aversão).

Estas expressões estão presentes em todas as culturas e em todas as épocas da história, registradas em estátuas e pinturas. Sejam no Japão, no oriente médio, no Brasil ou nos EUA, as sete expressões inatas possuem o mesmo significado. São percebidas inclusive em crianças que nasceram cegas e nunca a observaram em outra pessoa.

Ekman também catalogou todas as combinações dos movimentos musculares da face humana, chegando a mais de 10.000 expressões faciais. São os estudos de Paul Ekman que servem de fundamentação teórica para o seriado Lie to Me, onde um investigador desvenda casos através da leitura da linguagem corporal das pessoas.


Movimento dos olhos


A neurociência descobriu que estamos sempre movimentando os olhos para compor em nosso cérebro a imagens que vemos. Além disso segundo o especialista Giovanni Mileo, diversos studos neurolinguíticos comprovam que ao movimentar os olhos, ativamos regiões cerebrais específicas.
Movimento dos Olhos




Principais movimentos oculares


Para cima à direita: – Toda vez que uma pessoa olha nessa direção está ativando o cérebro a criar imagens.

Para cima à esquerda: – Esse movimento dos olhos faz o cérebro resgatar arquivos visuais na memória.

Ao fazer uma abstração o ser humano, invariavelmente, olha para cima. Experimente fazer uma conta matemática mentalmente e perceba como seus olhos movimentam-se para cima.

Para o lado esquerdo: – Este movimento, como se olhássemos para na direção do ouvido, ativa os arquivos de memória ligados à audição. Utilizamos este movimento dos olhos para lembrar de músicas ou sons que ouvimos no passado.

Para o lado direito: – Olhando nessa direção, estimulamos nosso cérebro a criar novos sons. Os músicos utilizam com frequência este movimento ao comporem novas músicas e ao prepararem novos arranjos musicais.

Para baixo à direta: – Com este movimento estimulamos uma conversa mental com nós mesmos.

Para baixo à esquerda: – Ao olhar nessa direção remoemos sentimentos. Lembramos de coisas que nos fazem sofrer e enquanto continuamos olhando nesta direção estamos alimentando a melancolia. Mudando o movimento dos olhos para cima, interrompemos este processo.

Para baixo: – O movimento dos olhos como se olhássemos para a ponta do nariz ativa os nossos sentidos olfativos. Por isso enólogos ao degustarem vinhos olham para a ponta do nariz.

Os autores Allan e Bárbara Pease fazem uma observação sobre os canhotos. 10% das crianças que nascem em todo o mundo são canhotas. Destas, 6% desenvolvem movimentos ambidestros, ou seja, utilizam as duas mãos com a mesma habilidade. Os outros 4% restantes mantêm-se totalmente canhotos e neles o movimento dos olhos funciona de maneira invertida.

Comunicação através de símbolos gráficos


O uso da simbologia é uma forma de comunicação não verbal, por exemplo: sinalização, logotipos, ícones, são símbolos gráficos constituídos basicamente de formas, cores e tipografia. Através da combinação destes elementos gráficos é possível exprimir idéias e conceitos numa linguagem figurativa ou abstrata. O grau de conhecimento de cada pessoa é que determina qual a sua capacidade de interpretação entre a linguagem não verbal para uma linguagem verbalizada, falamos do uso dos símbolos (linguagem não verbal) e seus significados (linguagem verbal). As cores mais utilizadas neste processo são àquelas de maior contraste cromático, tais como: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, branco e preto, tanto isoladamente como combinadas entre si. Um exemplo, é o uso de amarelo e preto para comunicações na área de segurança rodoviária.

Comunicação gestual ou Não verbal


É ela a responsável pela primeira impressão de uma pessoa. O investigador americano Mehrabian fez uma estimativa da proporção verbal/não verbal do comportamento e concluiu que 55% da mensagem é transmitida via linguagem corporal. Ainda segundo o mesmo estudo, a voz é responsável por 38% e as palavras apenas por 7%.



Mímica



Mimica é uma das formas de comunicação humana, normalmente conhecida como a arte de exprimir os pensamentos e/ou os sentimentos por meio de gestos, é dentro das artes cênicas, o estudo da ação física do homem em seu meio. Um mímico é alguém que utiliza movimentos corporais para se comunicar, sem a necessidade do uso da fala. A mímica enquanto expressão artística, como no caso da dança, se apresenta de várias formas e estilos, sendo mais conhecida a Pantomima.


Dentro dos estilos da arte da mímica encontramos duas abordagens distintas, a forma literal e a forma abstrata.

 A forma literal é quando representam-se objetos reais e ações concretas, mais usada na forma de comédia e normalmente com o mímico lidando com objetos e pessoas "invisíveis", construindo sua dramaturgia, contando histórias e criando gag's(mordaça sobre a boca), sobre objetos e coisas "que não estão lá". Quase sempre esses artistas tem sua aparência inspirada no tradicional pierrô, se utilizando da maquiagem branca sobre o rosto. Já a forma abstrata é usada geralmente para expressar os sentimentos e/ou pensamentos de forma não linear ou concreta, isto é sem a necessidade de "explicar ao público" com os gestos ou de ser compreendido de forma literal, mas buscando se expressar de forma mais intuitiva.

Artistas de mímica notáveis



Alejandro Jodorowsky 

Blue Man Group

Buster Keaton

Charles Chaplin 

Fernando Vieira 

Harpo Marx 

Jean-Louis Barrault 

Marcel Marceau 

Stan Laurel



Referências



EKMAN, Paul. Trad. Carlos Szlak. A linguagem das emoções. São Paulo: Lua de Papel, 2011.

WEILL, Pierre e TOMPAKOW Roland. O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal. Ed 18ª. Petrópolis, RJ: Vozes, 1973

GOMAN, Carol Kinsey. Trad. Denise Jardim Duarte. A vantagem não verbal. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010

PEASE, Allan e Bárbara. Trad. Márcia Oliveira. Desvendando os segredos da linguagem corporal. Rio de Janeiro: Sextante, 2009

PEASE, Allan e Bárbara. Trad. Simone Lembert Reisner. A linguagem Corporal do Amor. Rio de Janeiro: Sextante, 2012

PEASE, Allan e Bárbara. Trad. Márcia Oliveira. Desvendando os segredos da atração sexual. Rio de Janeiro: Sextante, 2009

PULIERO, Prof.ª Mônica Augusto. Linguagem corporal. Aulas da Turma 517 artes Visuais. Taboão da Serra, São Paulo: Faculdade Anhanguera, 2013

POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. 111ª edição. São Paulo: Saraiva, 2006

REIMAN, Tonya. Trad. Mirian Ibanez. A arte da persuasão. São Paulo: Lua de papel, 2010.

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