quinta-feira, 28 de março de 2013


Da criação do cinema no mundo, o cinema mudo e o cinema no Brasil.



O cinema no mundo 
Eduardo Lima de Siqueira

Estabelecer marcos histórico é sempre perigoso e arbitrário, particularmente, no campo das artes. Inúmeros fatores concorrem para o estabelecimento de determinada técnica, sendo seu emprego como arte, práticas associadas a movimentos e expressões artísticas e o impacto numa ordem cultural lógica e expressiva no contexto humano. Aqui serão apresentados alguns, no intuito de melhor conhecer esta complexa manifestação estética a qual muitos chamam de a 7º Arte, chamado hoje popularmente como “Cinema”.

De fato, a data de 28 de Dezembro de 1895, é especial no que refere ao cinema, e sua história. Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os Irmãos Auguste e Louis Lumière fizeram uma apresentação pública do primeiro filme por eles produzido(L'Arrivée d'un Train) à La Ciotat.em seu invento ao qual chamaram Cinematógrafo

O evento causou comoção nos 30 e poucos presentes, como estes apaixonados pela obra esperavam a  notícia se alastrou e, em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria como eles sonharam o mundo, e faria nascer O Cinema Artístico transpondo fronteiras e níveis sociais levando cultura, liberdade de expressão e preceitos igualitários dentre a sociedade, quiçá não imaginavam que criavam junto o Cinema Industrial sendo esta uma industria hoje multibilionária que dita padrões e conceitos mais preocupados com seu lucro efetivo por vezes do que com o fazer artístico, com os atores e produtores, porém salientamos que é esta industria do cinema que por vezes torna viável a produção de épicos e ainda grandes produções por serem as únicas a poder produzir em tal escala, cria também uma rede de trabalho que movimenta milhares de pessoas em todo mundo e é responsável por levar cultura e incentivar o ser humano a pensar e refletir sobre seus hábito, costumes, ambições, sonhos e as mais diversas sensações através de um mundo de magia que pode criar e recriar qualquer situação imaginada pela mente humana.



Hoje em dia, o cinema baseia-se em projeções públicas de imagens animadas tendo espaços dedicados para arte e outros para grande s bilheterias leis de incentivo ainda permitem a alguns países privilégios dos grandes festivais e por tal fato se tornam a Meca comercial do cinema, por sua vez um mundo off se estabelece cada vez mais por todo planeta com produtores independentes, autores  e atores de uma nova tendência e o surgimento das novas lutas épicas de classe assim como os temas sociais, não deixando nunca de lado o fenômeno da comédia que assim como a tragédia garantem bons documentários e boas risadas.
Os festivais nacionais e internacionais assim como mostras de todos os estilos e ainda tempo e ou duração, salas culturais e cine clubes suplementam a carência e a mesmice da premiação hollywoodiana, mesmo que não influa diretamente no capital da indústria do cinema estes alternativos por sua vez ainda trazem a essência dos irmãos Lumiére, à magia do Cinema Arte.

Um pouco mais há saber!


 O cinema nasceu de várias inovações que vão desde o domínio fotográfico até a síntese do movimento utilizando a persistência da visão com a invenção de jogos ópticos, vale à pena destacar o Taumatrópio (inventado entre 1820 e 1825 por William Fitton), Fenaquistiscopio (inventado em 1829 por Joseph-Antoine Ferdinand Plateau), zootropo (em 1834 por Will George Horner) e Praxynoscópio (em 1877 por Emily Reynaud). Em 1888, Emily Reynaud melhorou sua invenção e começou projetar imagens no Musée Grévin.


Ver para crer!

Taumatrópio 



Em 1876Eadweard Muybridge fez uma experiência: primeiro colocou 12 e depois 24 câmeras fotográficas ao longo de um hipódromo e tirou várias fotos da passagem de um cavalo. Ele obteve assim a decomposição do movimento em várias fotografias e através de um zoopraxiscópio pode recompor o movimento. Em 1882, Étienne-Jules Marley melhorou o aparelho de Muybridge. Em 1888, Louis Aimée Augustin Le Prince filmou uma cena de cerca de 2 segundos, mas a fragilidade do papel utilizado fez com que a projeção ficasse inadequada.

William Kennedy Laurie Dickson, chefe engenheiro da Edison Laboratories, inventou uma tira de celulóide contendo uma sequência de imagens que seria a base para fotografia e projeção de imagens em movimento.




 Em 1891Thomas Edison inventou o cinetógrafo e posteriormente ocinetoscópio. O último era uma caixa movida a eletricidade que continha a película inventada por Dickson,  mas com funções limitadas. O cinetoscópio não projetava o filme.



Baseado na invenção de Edison, Auguste e Louis Lumière inventaram o cinematógrafo, um aparelho portátil que consistia num aparelho três em um (máquina de filmar, de revelar e projetar). Em 1895, o pai dos irmãos Lumière, Antoine, organizou uma exibição pública paga de filmes no dia 28 de dezembro no Salão do Grand Café de Paris.





 A exposição foi um sucesso. Este dia, data da primeira projeção pública paga, é comumente conhecida como o nascimento do cinema mesmo que os irmãos Lumière não tenham reivindicado para si a invenção de tal feito isso por  acreditarem que o cinematógrafo fosse apenas um instrumento científico sem futuro comercial
Porém, as histórias americanas atribuem um maior peso a Thomas Edison pela invenção do cinema, quando na verdade o que ele fez foi pegar pequenos vídeos e exibi-los em maquinas caça-níquel, e para não perder tal fonte lucrativa sempre foi contra a exibição dos filmes em grandes salas.

Os irmãos Lumière enviaram ao mundo, a fim de apresentar pequenos filmes e demonstrar os encantos da 7º Arte a arte sem fronteiras, os primeiros registros na época considerados os primeiros registros e o início do cinema amador. "Sortie de l'usine Lumière à Lyon" (ou "Empregados deixando a Fábrica Lumière") é tido como o primeiro audiovisual exibido na história, sendo dirigido e produzido por Louis Lumière. Do mesmo ano, ainda dos irmãos Lumiére o filme "The Sprinkler Sprinkled", uma pequena comédia. Menos de seis meses depois, Edison projetaria seu primeiro filme, "Vitascope". Ou seja mais uma vez os americanos tentam se apossar de uma criação, mas nós Brasileiros já conhecemos isto eles podem até ser, assim como na aviação comercial e bélica os criadores da industria do cinema porém nunca do Cinema Arte.

Cinema Mudo e o desenvolvimento da indústria do cinema como negócio


Eduardo Lima de Siqueira

Desde o início, inventores e produtores tentaram casar a imagem com um som sincronizado. Mas nenhuma técnica deu certo até a década de 20. Assim sendo, durante 30 anos os filmes eram praticamente silenciosos sendo acompanhados muitas vezes de música ao vivo, outras vezes de efeitos especiais e narração e diálogos escritos presentes entre cenas. Tendo destaque para Charles Chaplin, um dos pioneiros do cinema mudo em todo o mundo Infelizmente, cerca de 90% dos filmes mudos se perdeu, por falta de cuidado ou de boa conservação, de fato, devemos lembrar também que a maioria dos filmes mudos foi derretida a fim de recuperarem o nitrato de prata, um componente caro tendo na época sua importância monetária, dado fim a grande acervo histórico.

Os filmes de Chaplin trazem muita emoção e ainda um forte apelo ao humanismo, seu foco abordava as diferenças sociais com humos e sensibilidade capazes de tocar todas as classes.

O ilusionista francês, Georges Méliès começou a exibir filmes em 1896, quando ganhou uma "filmadora". Ele foi pioneiro em alguns efeitos especiais. Seu filme "Le Voyage dans la Lune" (ou "Viagem à Lua") de apenas 14 minutos foi provavelmente o primeiro a tratar sobre o assunto de alienígenas.



Edwin S. Porter que se tornou operador de câmera de Thomas Edison e usou pela primeira vez a técnica de edição de imagens. Em seu filme "Life of an American Fireman" de 1903 é possível ver duas imagens diferentes, mas que ocorreram simultaneamente, sendo a visão de uma mulher sendo resgatada por um bombeiro e a mesma cena com a visão do bombeiro resgatando a mulher. Em "The Great Train Robbery" (1903), um dos primeiros westerns do cinema, o grande legado foi o "cross-cutting" com imagens transversais simultâneas em diferentes lugares. Mas o mais importante em Porter, foi que o final do filme "The Great Train Robbery" teve que ser mudado, por motivos morais e éticos, visto que originalmente os bandidos se saiam bem no final, o que passava uma ideia de impunidade ao povo, com esta mudança temos inicio a o sistema influenciando a criação e ainda a criação de um cinema "educador" dentro das morais e da ética americana.


O desenvolvimento de filmes fez crescer os nickelodeons, pequenos lugares de exibição de filmes onde se pagava o ingresso popular, neste locais se juntavam uma grande quantidade de pessoas da classe operaria, chamando a atenção da elite para o poder de influencia daquelas exibições e dos princípios de liberdade que estas podiam causar influenciando em muito os costumes e mudanças sociais

Em janeiro de 1914 foi exibido "Photo-Drama of Creation", um filme com mais de 8 horas de duração apresentado e narrado por Charles Taze Russell .
O Fotodrama foi o primeiro filme a incluir som sincronizado e imagens coloridas.

Pelo lado americano, o diretor D. W. Griffith conseguia destaque. Seu filme, "The Birth of a Nation" (ou "O Nascimento de uma nação") de 1915, foi considerado um dos filmes mais populares da época do cinema mudo, causou polêmica porque foi mal-interpretado, onde um simples retrato da sociedade americana foi considerado uma glorificação da escravatura, segregação racial e promoção do aparecimento da Ku Klux Klan.



Em 1907, os irmãos Lafitte criaram os filmes de arte na França com a intenção de levar as classes mais altas ao cinema já que estes pensavam ser o cinema para classes menos educadas, mas na frança este ganha força popular e passa a ser apreciado pelas elites.
Nesta época, Itália e França tinham o cinema mais popular e poderoso do mundo, mas com a Primeira Guerra Mundial, a indústria européia de cinema foi arrasada. Assim como com cientistas e outros que interessavam aos EUA estes começam a repatriar ou abrigar exilados da guerra com destaque no mundo do cinema produzindo e importando diversos filmes, mão de obra especializada assim como equipamentos, dizendo-se criados da ideia Thomas Edison tentou tomar o controle dos direitos sobre a exploração do cinematógrafo sem sucesso, já os irmão Lumiére mesmo sendo aclamados criadores nunca manifestaram –se como tais .

 Alguns produtores independentes emigraram de Nova York à costa oeste para um pequeno povoado chamado Hollywoodland, graças a Griffith, que já o sugeria e tinha gravado por lá acreditando ser ali o eldorado da industria do cinema. Lá encontraram condições ideais para rodar: dias ensolarados quase todo ano, diferentes paisagens que puderam servir como locações e quase todas as etnias como, negros, brancos, latinos, indianos, índios orientais e people em geral, um "banquete" de coadjuvantes escritores e técnicos ávidos em apreender com os melhores. Assim nasceu a chamada "Meca do Cinema", e Hollywood se transformou no mais importante centro da indústria cinematográfica comercial e por vezes artística do planeta.

Nesta época foram fundados os mais importantes estúdios de cinema (Fox, Universal, Paramount) controlados por judeus (Daryl Zanuck, Samuel Bronston, Samuel Goldwyn, etc.) que viam o cinema como um negócio prospero antes mesmo de ser uma arte. Lutaram entre si e às vezes para competir melhor, juntaram empresas assim nasceu a 20th Century Fox (da antiga Fox) e Metro Goldwyn Meyer (união dos estúdios de Samuel Goldwyn com Louis Meyer). Os estúdios começaram a promover e consagrar diretores e atores e com isso nasceu o "star system", sistema de promoção de estrelas premiações, de ideologias comerciais e pensamentos estéticos e sócio culturais de Hollywood.




 Destaque na época são as comédias de Charlie Chaplin e Buster Keaton, aventuras de Douglas Fairbanks e romances de Clara Bow
Mitos foram criados como o próprio Charles Chaplin que posteriormente junto com  Douglas Fairbanks , Mary Pickford e David Wark Griffith  acabaram criando a United Artist com o motivo de desafiar o poder dos grandes estúdios em defesa dos direitos dos artistas e da não total comercialização da 7º Arte. 



A era do Som

Até então já haviam sido feitos experimentos com som, mas com problemas de sincronização e amplificação. 

Em 1926, a Warner Brothers introduziu 
o sistema de som Vitaphone (gravação de som sobre um disco) até que em 1927, a Warner lançou o filme "The Jazz Singer", um musical que pela primeira vez na história do cinema tinha alguns diálogos e cantorias sincronizados aliados a partes totalmente sem som; então em 1928 o filme "The Lights of New York”, (também da Warner), se tornaria o primeiro filme com som totalmente sincronizado. 

O som gravado no disco do sistema Vitaphone foi logo sendo substituído por outro sistema como o Movietone da Fox, DeForest Phonofilm e Photophone da RCA com sistema de som no próprio filme.




O Beijo, lançado em 1929 e protagonizado pela atriz sueca Greta Garbo, foi o último filme mudo da MGM e o último da história de Hollywood, com exceção de duas jóias raras de Chaplin:Luzes da Cidade e Tempos Modernos.

No final de 1929, o cinema de Hollywood já era quase totalmente falado. No resto do mundo, por razões econômicas, a transição do mudo para o falado foi feito mais lentamente. Neste mesmo ano já lançado grandes filmes falados como "Blackmail" de Alfred Hitchcock (o primeiro filme inglês falado), "Applause" do diretor Rouben Mamoulian (um musical em preto e branco) e "Chinatown Nights" de William Wellman (mesmo diretor de "Uma estrela nasce" de 1937). Foi também criado no ano de 1929 o prêmio Oscar ou Prêmios da Academia que serve até os dias atuais como premiação aos melhores filmes do cinema comercial com raras exceções, isso quando a Arte se sobrepõe as grandes bilheterias pela beleza de sua criação.

O uso do som fez com que o cinema se diversificasse mais em termos de gêneros. Dessa nova tecnologia nascia o musical e também algumas comédias. E do casamento dos dois surgia à comédia musical, o cinema hoje não esbarra mais em fronteiras tendo os documentários como forte canal para correção de injustiças e ainda filmes épicos a contar e recontar as histórias de nações e civilizações.


Alternativas e o resgate do cinema Arte

 

Em alternativa a Hollywood existiam vários outros lugares que investiam no cinema de arte e contribuíam para seu desenvolvimento e o reconhecimento do Cinema como Arte inclusiva.
Na França, os cineastas entre 1919 e 1929 começaram um estilo chamado de Cinema Impressionista Francês ou cinema de vanguarda (avant garde em francês). Se destacaram nesta época o cineasta Abel Gance com seu filme épico "Napoleon" e "J’Accuse" e Jean Epstein com seu filme "A queda da casa de Usher" de 1929, ainda se destaca Germaine Dulac de "La Sorrient Madame Beudet". Ainda temos nesse movimento "A Moça da Água", de Jean Renoir, que mais tarde ajudaria a construir outra escola de cinema: Realismo Poético Francês.

Na Alemanha surgiu o expressionismo alemão donde se destacam os filmes "Das Cabinet des Dr. Caligari" ("O gabinete do doutor Caligari") de1920 do diretor Robert Wiene, "Nosferatu", "Phantom" ambos de 1922 e do diretor Friedrich Wilhelm Murnau e Metrópolis de Fritz Lang de 1927. Outros filmes de destaque são: "O Gabinete das Figuras de Cera" e "A Última Gargalhada".

Na Espanha surgiu o cinema surrealista donde se destacou o diretor Luis Buñuel. "Un Perro andaluz" (ou "Um Cão Andaluz" em português) de1928 foi o filme que mais representou o cinema surrealista de Buñuel. Destaca-se ainda: "A Idade do Ouro".

Na Rússia se destacou o cineasta Serguei Eisenstein que criou uma nova técnica de montagem, chamada montagem intelectual ou dialéctica. Seu filme de maior destaque foi "O Couraçado Potemkin" (ou br: "O Encouraçado Potemkin") de 1925. Já Dziga Vertov, de "O Homem com a Câmera" se propôs a um documentário sofisticado, chamado "Cine-Olho". Outros filmes de arte russos de destaque são: "Aelita" e "Terra".
O dinamarquês Carl Theodor Dreyer, roda "Le Passion de Jeanne D'arc", um filme mudo de 1928 com a atriz Maria Falconetti no papel de Joana. Considerado por alguns, um dos melhores filmes de todos os tempos. O filme dá valor à expressão facial. Foi filmado na França.

História do Cinema no Brasil 


Afonso Segreto, junto aos primeiros projetores da Empreza Paschoal Segreto: os irmãos italianos foram os precursores do Cinema no Brasil.


Em 1896, chegaram ao Rio de Janeiro aparelhos de projeção cinematográfica, em 1898, foram realizadas as primeiras filmagens no Brasil. Somente em 1907, com o advento da energia elétrica industrial na cidade, o comércio cinematográfico começou a se desenvolver.
Nesta fase predominou filmes de reconstituição de fatos do dia-a-dia. A partir de 1912, das mãos de Francisco Serrador, Antônio Leal e dos irmãos Botelho eram produzidos filmes com menos de uma hora de projeção, época em que o cinema nacional encarou forte crise perante o domínio norte-americano nas salas de exibição, os cine jornais e documentários é que captavam recursos para as produções de ficção.
Em 1925, a qualidade e o ritmo das produções aumentam, o cinema mudo brasileiro se consolida e os veículos de comunicação da época inauguram colunas para divulgar o nosso cinema. Entre os anos 30 e 40, o cinema falado abre um reinício para a produção nacional que se limita ao Rio em comédias populares, conhecidas como chanchadas musicais que lançaram atores como Mesquitinha, Oscarito e Grande Otelo. A década de 30 foi dominada pela Cinédia e os anos 40 pela Atlântida .


Sinônimo da tradição cinematográfica brasileira a Cinédia associada desde o primeiro momento ao modelo hollywoodiano surgiu em 15 de março de 1930, no Rio de Janeiro, tendo sido idealizada por Adhemar Gonzaga, e se dedicou a produzir dramas populares e comédias musicais, que ficaram conhecidas pela denominação genérica de chanchadas.


Atlântida Cinematográfica fundada em 18 de setembro de 1941, por Moacir Fenelon e José Carlos Burle com um objetivo bem definido: promover o desenvolvimento industrial do cinema brasileiro. Liderando um grupo de aficionados, entre os quais o jornalista Alinor Azevedo, o fotógrafo Edgar Brazil, e Arnaldo Farias, Fenelon e Burle prometiam fazer a necessária união de um cinema artístico com o cinema popular.http://www.atlantidacinematografica.com.br/sistema2006/historia_texto.asp


 Teatro Brasileiro de Comédia

No período de 1950 a 1960, em São Paulo, paralelo à fundação do Teatro Brasileiro de Comédia e abertura do Museu de Arte Moderna, surge o estúdio da Vera Cruz que através de fortes investimentos e contratação de profissionais estrangeiros buscam produzir no Brasil, uma linha de filmes sérios, industrial, com uma preocupação estético-cultural hollywoodiana e com a participação de grandes estrelas como Tônia Carreiro, Anselmo Duarte, Jardel Filho, entre outros. 


Vera Cruz tinha uma produção cara e de qualidade, mas faltava-lhe uma distribuidora própria e salas para absorver a sua produção, uma de suas produções foi premiada em Cannes, o filme Cangaceiro, de Lima Barreto.

Em oposição às produções paulistas e cariocas, surgem cineastas independentes que a partir da década de 60, buscam manter a pretensão artística da Vera Cruz, como por exemplo, Walter Hugo Khouri, e uma esfera neo-realista, com o filme “Rio 40°” de Nelson Pereira dos Santos. 


Nesta fase há o fenômeno de filmes feitos na Bahia, por baianos e sulistas, como o “Pagador de Promessas”, é o surgimento do Cinema Novo, movimento carioca que abarca o que há de melhor no cinema nacional, época de intensa produção e premiação de nomes como os de Glauber Rocha, Serraceni, Ruy Guerra, entre outros.

Hoje o cinema Brasileiro esta recheado de ótimos profissionais e atores com fama internacional tendo em suas produções grandes bilheterias nacionais, grandes comédias e temas sociais abordando todos os aspectos da arte, festivais nacionais tem alcançado cada vez mais um grande numero de pessoas aumentando o numero de cinéfilos e produtores independentes. 

As co produções abrem novas oportunidades e o mercado da publicidade assim como o dos documentários e curtas incentivam cada vez mais os novos profissionais que se ingressam na arte do cinema.

Cabe lembrar que o cinema nos mostra caminhos de liberdade de expressão, já as telenovelas castram seu publico e são manipuladas de acordo com a audiência e ou situações que por vezes só tendem a desfavorecer as minorias.

Nossos comentários.

  
"Iracema" por Eduardo Lima de Siqueira

"Bom, na minha humilde opinião o filme IRACEMA, UMA TRANSA AMAZONICA tem tudo a ver com o que foi pedido porque comentamos durante a aula sobre como as vestimentas "falam" de cada um. Vejam o shorts da Iracema, tem o Slogan "beba Coca cola"  .Por que uma índia brasileira estaria usando uma roupa com essa estampa em plena Floresta Amazônia, Rodovia Transamazônica, lá nos anos 70 do século XX ?
`E...o passado e a historia do presente....
Viram as tragédias de marco 2013, provocadas por deslizamentos de encostas da região Serrana do Rio de Janeiro e litoral norte de São Paulo? As construções "irregulares" e "favelas" de baixo, médio e alto padrão, já são responsáveis ate o momento por 27 mortes. Alguém sabe o que significa a palavra "FAVELA”? Até onde eu sei era o nome dado a certas arvores que cresciam nas encostas da Mata Atlântica Brasileira.
Ai vem àquela frase da carta de um famoso chefe Indígena ao presidente dos EUA... "tudo que ocorrer com a mãe terra recairá sobre os filhos da terra..."
http://pt.wikipedia.org/wiki/Iracema_-_Uma_Transa_Amaz%C3%B4nica
http://rioonwatch.org.br/?p=2973
http://www.ecoterrabrasil.com.br/home/index.php?pg=curiosidades&tipo=temas&cd=1152



DESENHOS ANIMADOS E FOTOGRAFIA


DESENHOS ANINADOS

 


A criação de desenhos é algo instintivo do ser - humano, que o acompanha desde a época pré-histórica. A busca por desenvolver seus primitivos desenhos, fez com que se tornassem os desenhos de hoje, talvez não melhores ou mais evoluídos, porém mais atuais, uma adaptação para às crianças (e, por que não dizer, aos adultos).

O primeiro desenho animado pode ser considerado Fantasmagorie em 1908. Desenvolvida pelo francês Emile Cohl, ela tinha apenas aproximadamente 2 minutos Mas os primeiros desenhos animados como conhecemos hoje surgiram apenas na década de 1910, no então cinema mudo e sem cores, quando a maioria das animações era de curta-metragem, geralmente visando a um público mais adulto, com piadas e roteiros.
Continuando a linha do tempo, vemos o surgimento de animações como O Gato Félix



que incrivelmente faz sucesso até hoje e que foi criado na década de 20, ainda sem cores nem falas. Ainda na mesma década, temos o surgimento da Disney e do famoso camundongo Mickey, sendo o primeiro desenho com efeitos sonoros, tendo a voz do próprio criador, Walt Disney, sendo uma completa revolução para a época, tornando o desenho um imenso sucesso. Graças a esse trabalho o pobre camundongo trabalha até hoje, estrelando mais de 100 curtas.

Na década seguinte, surgi uma personagem bastante influenciada pela época: Betty Boop, uma menina de cabeça grande e olhos redondos, com uma cara de santinha, e com um vestido não muito adequado para os padrões vividos, mostrando a faixa etária a qual o desenho destinava-se. Ainda sem cores, mas com som, ela foi um sucesso, até que o regime anticomunista a colocasse como um dos problemas a serem solucionados. Para “preservar a moral” americana, ela ganhou uma roupa mais comportada e trocou sua personalidade, se tornando uma esposa obediente. Teve seu fim em 39, voltando algumas vezes em filmes ou produtos.

Ainda na década de 30, mais precisamente em 1932, Walt Disney inova novamente e traz o primeiro desenho animado colorido: Flores e Árvores. E no embalo do sucesso de seus desenhos o surgimento de novas empresas da área, como a Warner.

A Warner, que apenas tentava copiar a formular de seu concorrente, teve seus desenhos remetidos ao completo fracasso. Mas, ao buscar uma nova formula, apelando para a insanidade dos personagens, criou, no final da década, Pernalonga e companhia. Nos anos seguintes, com a preocupação mundial da guerra, os desenhos não tiveram grandes alterações, apenas o acréscimo de personagens: Tom e Jerry, pela Warner, e Zé Carioca, uma homenagem aos cariocas, pela Disney. Até então, os desenhos eram exibidos no cinema, o que mudaria no decorrer do tempo.

William Hanna e Joseph Barbera se juntaram com um nobre objetivo: levar os desenhos animados para a televisão. Em 1949, estrearam Os Flinstones, Zé Colméia, Manda Chuva, Os Jetsons e muitos outros que ainda hoje, podem ser conferidos no canal da TV a cabo, Boomerang.



As décadas de 50, 60 e 70 se seguiram com esses desenhos que apresentavam problemas do cotidiano da família, não importava o quão estranho ela fosse. E também teve o surgimento de desenhos famosíssimos como Frajola e Piu Piu, Papa-léguas e Pica-Pau, que geralmente seguiam a mesma fórmula repetitiva: tinham bastante pancadaria gratuita e uma caça incessante entre os dois personagens principais, com o caçador sempre apanhando.


Nos anos 80, nasceram muitos dos desenhos que fizeram à cabeça da geração que hoje é jovem, mas nem tão jovem assim. Muitos dos desenhos que passam hoje nas manhãs do SBT , como He-Man e os Mestres do Universo, Transformers, Caverna do Dragão e Thundercats, são dessa época, quando a fórmula do sucesso não era apenas a famosa perseguição e vitória da caça, mas que exigia a luta entre os personagens, vitória dos bonzinhos, contando com uma lição de moral para finaliza o episódio.

Em 90, vemos um aprimoramento no humor dos desenhos. Sátiras se tornam comuns e as piadas, mais elaboradas. As lutas diminuíram, mas de forma mais suave e cômica ainda estavam presentes. Nessa década, Steven Spilberg foi contratado pela a Warner, e tornando-se o encarregado desenvolveu desenhos atualíssimos e muito divertidos como Pink e Cérebro, dois ratos de laboratório que querem dominar o mundo e para isso, usam planos mais do que mirabolantes; Animaniacs, três irmãos endiabrados e Freakazoid, que por ser tão insano, tornou-se excelente.

Outros desenhos que ainda afloraram nessa época, foram South Park e Os Simpsons, marcando a volta dos desenhos mais adultos e de humor mais negro. No final da década, temos uma invasão de animês, que se fortalecem ainda mais no novo milênio. Febres como Pokémon e Cavaleiros do Zodíaco tornaram possível a entrada de inúmeros desenhos japoneses e fizeram com que a programação de desenhos de diversos canais fosse constituída de sua maioria por animês.

A volta de desenhos mais extremistas também foi marca do período, como o sucesso Bob Esponja e tantos mais que ainda estão por vir..




                                                              FOTOGRAFIA







A primeira descrição de algo parecido com uma máquina fotográfica foi escrita por um árabe, Alhaken de Basora, que viveu há aproximadamente 1000 anos. Ele descobriu como se formavam as imagens no interior de sua tenda quando a luz do sol passava pelas frestas do tecido. Assim foram relatados os princípios do que viria a ser a câmera fotográfica.
Câmera significa pequeno quarto. Mais tarde, a câmera escura, quando não existia a fotografia, era um artifício empregado para conseguir imagens projetadas desde o exterior e cujas siluetas eram desenhadas na referida câmera escura. Sua existência é conhecida desde o século XVI, quando artistas como Leonardo Da Vinci e outros pintores a usavam para desenhar.
No século XVII, as câmeras escuras deixam de ser grandes e passaram a ser móveis, desmontáveis e semi portáteis. Desenhar com luz, este, na verdade, era a utilidade destes objetos, por isso o significado etimológico das palavras gregas: foto (luz) e grafein (desenhar).
Os irmãos franceses Jean Niceforo e Claude Niepce são os primeiros a relacionar a imagem realizada com luz e uma câmera escura. Mas eles não foram os únicos investigadores desta atividade, em que pese que fossem os únicos a chegar ao fim de esta prática.
Mais tarde, o artista francês Louis Jaques Mandé Daguerre (1789 – 1851) trabalhou, durante anos, em um sistema para conseguir que a luz incidisse sobre uma suspensão de sais de prata, de tal maneira que a escurecesse seletivamente e fosse capaz de produzir a duplicação de alguma cena. Em 1839, Daguerre tinha aprendido a dissolver os sais intatos mediante uma solução de tissulfato de sódio o que permitia gravar permanentemente a imagem.
Mesmo o avanço tendo sido notável, levava de 25 a 30 minutos para tirar uma fotografia, e se houvesse sol. Mas este não era seu principal inconveniente, senão a dificuldade de obter cópias. E foi outro inventor, William Henry Talbot (1800 – 1877), que fazia experiências com o que chamou de calótipos, que superou o problema em 1841. Com seus calótipos obtinham-se negativos que logo deveriam ser passados aos positivos em outras folhas. Em 1844, foi publicado o primeiro livro com fotografias.
A partir de então, as investigações se concentraram em conseguir um papel para os negativos que fosse suficientemente sensível para ser rapidamente impresso. Em 1848, um escultor inglês, Frederick Scott Archer, inventou o processo de colódio úmido. O colódio (composto por partes iguais de éter e álcool numa solução de nitrato e celulose) era empregado como substância ligante para fazer aderir o nitrato de prata fotossensível à chapa de vidro que constituía a base do negativo. A exposição era feita com o negativo úmido (esta é a origem do nome colódio úmido). A revelação tinha de ser feita logo após a tomada da fotografia.
Só depois de alguns avanços científicos foram obtidas fotografias coloridas. Gabriel Lippman foi o primeiro investigador que mediante um complexo método conseguiu fotografar o espectro visivel com toda sua riqueza cromática. Os irmãos Lumière também contribuíram, mas foram Luis Ducos du Hauron e Carlos Cross as pessoas que criaram um método que consistia na impressão de três negativos através de filtros coloridos em vermelho e azul.








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