Eduardo Lima de Siqueira
Estabelecer marcos
histórico é sempre perigoso e arbitrário, particularmente, no campo das artes. Inúmeros fatores
concorrem para o estabelecimento de determinada técnica, sendo seu emprego como
arte, práticas associadas a movimentos e expressões artísticas e o impacto numa
ordem cultural lógica e expressiva no contexto humano. Aqui serão apresentados
alguns, no intuito de melhor conhecer esta complexa manifestação estética a
qual muitos chamam de a 7º Arte, chamado hoje popularmente como “Cinema”.
De fato, a data de
28 de Dezembro de 1895, é especial no que refere ao cinema, e sua história.
Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os Irmãos Auguste e Louis Lumière fizeram
uma apresentação pública do primeiro filme por eles produzido(L'Arrivée d'un Train) à La Ciotat.em seu
invento ao qual chamaram Cinematógrafo.
O evento causou comoção nos 30 e poucos presentes, como estes apaixonados pela
obra esperavam a notícia se alastrou e,
em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria como eles sonharam o mundo, e
faria nascer O Cinema Artístico transpondo fronteiras e níveis sociais levando
cultura, liberdade de expressão e preceitos igualitários dentre a sociedade,
quiçá não imaginavam que criavam junto o Cinema Industrial sendo esta uma
industria hoje multibilionária que dita padrões e conceitos mais preocupados
com seu lucro efetivo por vezes do que com o fazer artístico, com os atores e
produtores, porém salientamos que é esta industria do cinema que por vezes
torna viável a produção de épicos e ainda grandes produções por serem as únicas
a poder produzir em tal escala, cria também uma rede de trabalho que movimenta
milhares de pessoas em todo mundo e é responsável por levar cultura e
incentivar o ser humano a pensar e refletir sobre seus hábito, costumes,
ambições, sonhos e as mais diversas sensações através de um mundo de magia que
pode criar e recriar qualquer situação imaginada pela mente humana.
Hoje em dia, o
cinema baseia-se em projeções públicas de imagens animadas tendo espaços
dedicados para arte e outros para grande s bilheterias leis de incentivo ainda
permitem a alguns países privilégios dos grandes festivais e por tal fato se
tornam a Meca comercial do cinema, por sua vez um mundo off se estabelece cada
vez mais por todo planeta com produtores independentes, autores e atores de uma nova tendência e o surgimento
das novas lutas épicas de classe assim como os temas sociais, não deixando
nunca de lado o fenômeno da comédia que assim como a tragédia garantem bons documentários
e boas risadas.
Os festivais
nacionais e internacionais assim como mostras de todos os estilos e ainda tempo
e ou duração, salas culturais e cine clubes suplementam a carência e a mesmice da
premiação hollywoodiana, mesmo que não influa diretamente no capital da indústria
do cinema estes alternativos por sua vez ainda trazem a essência dos irmãos
Lumiére, à magia do Cinema Arte.
Um pouco mais há saber!
O cinema nasceu de várias inovações
que vão desde o domínio fotográfico até a síntese do movimento utilizando
a persistência da visão com
a invenção de jogos ópticos, vale à pena destacar o Taumatrópio (inventado
entre 1820 e 1825 por William
Fitton), Fenaquistiscopio (inventado em 1829 por
Joseph-Antoine Ferdinand Plateau), zootropo (em 1834 por
Will George Horner) e Praxynoscópio (em 1877 por
Emily Reynaud). Em 1888, Emily Reynaud melhorou sua invenção e começou projetar
imagens no Musée Grévin.
Ver para crer!
Taumatrópio
Fenaquistiscopio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fenacistosc%C3%B3pio
Em 1876, Eadweard Muybridge fez uma experiência:
primeiro colocou 12 e depois 24 câmeras fotográficas ao longo de um hipódromo e
tirou várias fotos da passagem de um cavalo. Ele obteve assim a decomposição do
movimento em várias fotografias e através de um zoopraxiscópio
pode recompor o movimento. Em 1882,
Étienne-Jules Marley melhorou o aparelho de Muybridge. Em 1888, Louis Aimée Augustin
Le Prince filmou uma cena de cerca de 2 segundos, mas a fragilidade do papel
utilizado fez com que a projeção ficasse inadequada.
William Kennedy
Laurie Dickson, chefe engenheiro da Edison Laboratories, inventou
uma tira de celulóide contendo uma sequência de imagens que seria a base para
fotografia e projeção de imagens em movimento.
Em 1891, Thomas Edison inventou
o cinetógrafo e posteriormente ocinetoscópio.
O último era uma caixa movida a eletricidade que continha a película inventada
por Dickson, mas com funções limitadas.
O cinetoscópio não projetava o filme.
Baseado
na invenção de Edison, Auguste e Louis Lumière inventaram o cinematógrafo,
um aparelho portátil que consistia num aparelho três em um (máquina de filmar,
de revelar e projetar). Em 1895,
o pai dos irmãos Lumière, Antoine, organizou uma exibição pública paga de
filmes no dia 28 de dezembro no Salão do Grand Café de Paris.
A exposição foi um
sucesso. Este dia, data da primeira projeção pública paga, é comumente
conhecida como o nascimento do cinema mesmo que os irmãos Lumière não tenham
reivindicado para si a invenção de tal feito isso por acreditarem que o cinematógrafo fosse
apenas um instrumento científico sem futuro comercial.
Porém, as histórias americanas
atribuem um maior peso a Thomas Edison pela invenção do cinema, quando na
verdade o que ele fez foi pegar pequenos vídeos e exibi-los em maquinas
caça-níquel, e para não perder tal fonte lucrativa sempre foi contra a exibição
dos filmes em grandes salas.
Os
irmãos Lumière enviaram ao mundo, a fim de apresentar pequenos filmes e
demonstrar os encantos da 7º Arte a arte sem fronteiras, os primeiros registros
na época considerados os primeiros registros e o início do cinema amador. "Sortie de l'usine Lumière à Lyon" (ou "Empregados
deixando a Fábrica Lumière") é tido como o primeiro audiovisual exibido na
história, sendo dirigido e produzido por Louis Lumière. Do mesmo ano, ainda dos
irmãos Lumiére o filme "The Sprinkler
Sprinkled", uma pequena comédia. Menos de seis meses depois,
Edison projetaria seu primeiro filme, "Vitascope". Ou seja mais
uma vez os americanos tentam se apossar de uma criação, mas nós Brasileiros já conhecemos
isto eles podem até ser, assim como na aviação comercial e bélica os criadores
da industria do cinema porém nunca do Cinema Arte.
Cinema Mudo e o desenvolvimento da
indústria do cinema como negócio
Eduardo Lima de Siqueira
Desde o início, inventores e produtores tentaram casar a imagem
com um som sincronizado. Mas nenhuma técnica deu certo até a década de 20.
Assim sendo, durante 30 anos os filmes eram praticamente silenciosos sendo
acompanhados muitas vezes de música ao vivo, outras vezes de efeitos especiais
e narração e diálogos escritos presentes entre cenas. Tendo destaque para
Charles Chaplin, um dos pioneiros do cinema mudo em todo o mundo Infelizmente,
cerca de 90% dos filmes mudos se perdeu, por falta de cuidado ou de boa
conservação, de fato, devemos lembrar também que a maioria dos filmes mudos foi
derretida a fim de recuperarem o nitrato de prata,
um componente caro tendo na época sua importância monetária, dado fim a grande
acervo histórico.
Os filmes de Chaplin trazem muita emoção e ainda um forte apelo
ao humanismo, seu foco abordava as diferenças sociais com humos e sensibilidade
capazes de tocar todas as classes.
O
ilusionista francês, Georges Méliès começou a exibir filmes em
1896, quando ganhou uma "filmadora". Ele foi pioneiro em alguns
efeitos especiais. Seu filme "Le Voyage dans la Lune" (ou "Viagem
à Lua") de apenas 14 minutos foi provavelmente o primeiro a tratar sobre o
assunto de alienígenas.
Edwin
S. Porter que se tornou operador de câmera de Thomas Edison e usou pela
primeira vez a técnica de edição de imagens. Em seu filme "Life of an
American Fireman" de 1903 é
possível ver duas imagens diferentes, mas que ocorreram simultaneamente, sendo
a visão de uma mulher sendo resgatada por um bombeiro e a mesma cena com a
visão do bombeiro resgatando a mulher. Em "The Great Train
Robbery" (1903), um dos primeiros westerns do cinema, o grande legado
foi o "cross-cutting" com imagens transversais simultâneas
em diferentes lugares. Mas o mais importante em Porter, foi que o final do
filme "The Great Train Robbery" teve que ser mudado, por motivos
morais e éticos, visto que originalmente os bandidos se saiam bem no final, o
que passava uma ideia de impunidade ao povo, com esta mudança temos inicio a o
sistema influenciando a criação e ainda a criação de um cinema
"educador" dentro das morais e da ética americana.
O
desenvolvimento de filmes fez crescer os nickelodeons, pequenos lugares de
exibição de filmes onde se pagava o ingresso popular, neste locais se
juntavam uma grande quantidade de pessoas da classe operaria, chamando a
atenção da elite para o poder de influencia daquelas exibições e dos princípios
de liberdade que estas podiam causar influenciando em muito os costumes e
mudanças sociais
Em
janeiro de 1914 foi exibido "Photo-Drama of Creation", um filme com
mais de 8 horas de duração apresentado e narrado por Charles Taze Russell .
O Fotodrama foi
o primeiro filme a incluir som sincronizado e imagens coloridas.
Pelo
lado americano, o diretor D. W. Griffith conseguia
destaque. Seu filme, "The Birth of a Nation" (ou "O
Nascimento de uma nação") de 1915, foi considerado um
dos filmes mais populares da época do cinema mudo, causou polêmica porque foi
mal-interpretado, onde um simples retrato da sociedade americana foi
considerado uma glorificação da escravatura, segregação racial e promoção do
aparecimento da Ku Klux Klan.
Em 1907, os irmãos Lafitte
criaram os filmes de arte na França com a intenção de levar as classes mais
altas ao cinema já que estes pensavam ser o cinema para classes menos educadas,
mas na frança este ganha força popular e passa a ser apreciado pelas elites.
Nesta
época, Itália e França tinham o cinema mais popular e poderoso do mundo, mas
com a Primeira Guerra Mundial, a indústria européia
de cinema foi arrasada. Assim como com cientistas e outros que interessavam aos
EUA estes começam a repatriar ou abrigar exilados da guerra com destaque no
mundo do cinema produzindo e importando diversos filmes, mão de obra
especializada assim como equipamentos, dizendo-se criados da ideia Thomas
Edison tentou tomar o controle dos direitos sobre a exploração do cinematógrafo
sem sucesso, já os irmão Lumiére mesmo sendo aclamados criadores nunca
manifestaram –se como tais .
Alguns produtores independentes emigraram
de Nova York à
costa oeste para um pequeno povoado chamado Hollywoodland, graças a Griffith,
que já o sugeria e tinha gravado por lá acreditando ser ali o eldorado da industria
do cinema. Lá encontraram condições ideais para rodar: dias ensolarados quase
todo ano, diferentes paisagens que puderam servir como locações e quase todas
as etnias como, negros, brancos, latinos, indianos, índios orientais e people
em geral, um "banquete" de coadjuvantes escritores e técnicos ávidos
em apreender com os melhores. Assim nasceu a chamada "Meca do
Cinema", e Hollywood se transformou no mais importante centro da indústria
cinematográfica comercial e por vezes artística do planeta.
Nesta
época foram fundados os mais importantes estúdios de cinema (Fox, Universal,
Paramount) controlados por judeus (Daryl Zanuck, Samuel Bronston, Samuel
Goldwyn, etc.) que viam o cinema como um negócio prospero antes mesmo de ser
uma arte. Lutaram entre si e às vezes para competir melhor, juntaram empresas
assim nasceu a 20th Century Fox (da antiga Fox) e Metro Goldwyn Meyer
(união dos estúdios de Samuel Goldwyn com Louis Meyer). Os estúdios começaram a
promover e consagrar diretores e atores e com isso nasceu o "star
system", sistema de promoção de estrelas premiações, de ideologias
comerciais e pensamentos estéticos e sócio culturais de Hollywood.
Destaque na época são as comédias de Charlie Chaplin e Buster Keaton, aventuras de Douglas Fairbanks e romances de Clara Bow.
Mitos foram criados como o próprio Charles Chaplin que posteriormente junto
com Douglas Fairbanks , Mary Pickford e
David Wark Griffith acabaram criando
a United Artist com o motivo de desafiar o
poder dos grandes estúdios em defesa dos direitos dos artistas e da não total
comercialização da 7º Arte.
A era do Som
Até então já haviam sido feitos experimentos com som, mas com
problemas de sincronização e amplificação.
Em 1926, a Warner Brothers introduziu
o sistema de som Vitaphone (gravação de som sobre um disco) até que em 1927, a Warner lançou
o filme "The Jazz Singer", um musical que pela primeira vez na
história do cinema tinha alguns diálogos e cantorias sincronizados aliados a
partes totalmente sem som; então em 1928 o
filme "The Lights of New York”, (também da Warner), se
tornaria o primeiro filme com som totalmente sincronizado.
O som gravado no
disco do sistema Vitaphone foi logo sendo substituído por outro sistema como o
Movietone da Fox,
DeForest Phonofilm e Photophone da RCA com sistema de som no próprio filme.
O Beijo,
lançado em 1929 e protagonizado pela atriz sueca Greta Garbo,
foi o último filme mudo da MGM e
o último da história de Hollywood, com exceção de duas jóias raras de Chaplin:Luzes da Cidade e Tempos Modernos.
No final de 1929,
o cinema de Hollywood já era quase totalmente falado. No resto do mundo, por
razões econômicas, a transição do mudo para o falado foi feito mais lentamente.
Neste mesmo ano já lançado grandes filmes falados
como "Blackmail" de Alfred Hitchcock (o
primeiro filme inglês falado), "Applause" do diretor Rouben
Mamoulian (um musical em preto e branco) e "Chinatown
Nights" de William Wellman (mesmo diretor de "Uma estrela
nasce" de 1937).
Foi também criado no ano de 1929 o prêmio Oscar ou Prêmios da
Academia que serve até os dias atuais como premiação aos melhores filmes do
cinema comercial com raras exceções, isso quando a Arte se sobrepõe as grandes
bilheterias pela beleza de sua criação.
O uso do som fez com que o cinema se diversificasse mais em
termos de gêneros. Dessa nova tecnologia nascia o musical e também algumas
comédias. E do casamento dos dois surgia à comédia musical, o cinema hoje não
esbarra mais em fronteiras tendo os documentários como forte canal para
correção de injustiças e ainda filmes épicos a contar e recontar as histórias
de nações e civilizações.
Alternativas e o resgate do cinema
Arte
Em alternativa a Hollywood existiam vários outros lugares que
investiam no cinema de arte e contribuíam para seu desenvolvimento e o
reconhecimento do Cinema como Arte inclusiva.
Na França, os cineastas entre 1919 e 1929 começaram um
estilo chamado de Cinema Impressionista Francês ou cinema de vanguarda (avant
garde em francês). Se destacaram nesta época o cineasta Abel Gance com
seu filme
épico "Napoleon" e "J’Accuse" e Jean Epstein com
seu filme "A queda da casa de Usher" de 1929, ainda se
destaca Germaine Dulac de "La
Sorrient Madame Beudet". Ainda temos nesse movimento "A Moça da
Água", de Jean Renoir, que mais tarde ajudaria a construir outra escola
de cinema: Realismo Poético Francês.
Na Alemanha surgiu o expressionismo alemão donde se destacam os
filmes "Das Cabinet des Dr. Caligari" ("O
gabinete do doutor Caligari") de1920 do
diretor Robert Wiene, "Nosferatu", "Phantom" ambos
de 1922 e
do diretor Friedrich Wilhelm Murnau e Metrópolis de Fritz Lang de 1927. Outros filmes de
destaque são: "O Gabinete das Figuras de Cera" e "A Última
Gargalhada".
Na Espanha surgiu o cinema surrealista donde se destacou o
diretor Luis Buñuel. "Un Perro
andaluz" (ou "Um Cão Andaluz" em português) de1928 foi o filme que
mais representou o cinema surrealista de Buñuel. Destaca-se ainda: "A
Idade do Ouro".
Na Rússia se destacou o cineasta Serguei Eisenstein que criou uma nova
técnica de montagem,
chamada montagem intelectual ou dialéctica. Seu filme de maior destaque
foi "O Couraçado Potemkin" (ou
br: "O Encouraçado Potemkin") de 1925. Já Dziga Vertov,
de "O Homem com a Câmera" se propôs a um documentário
sofisticado, chamado "Cine-Olho". Outros filmes de arte russos de
destaque são: "Aelita" e "Terra".
O dinamarquês Carl Theodor Dreyer, roda "Le Passion
de Jeanne D'arc", um filme mudo de 1928 com a atriz
Maria Falconetti no papel de Joana. Considerado por alguns, um dos melhores
filmes de todos os tempos. O filme dá valor à expressão facial. Foi filmado
na França.
História do Cinema no Brasil
Afonso Segreto, junto aos primeiros projetores da Empreza
Paschoal Segreto: os irmãos
italianos foram os precursores do Cinema no Brasil.
Em 1896, chegaram ao Rio de Janeiro aparelhos de
projeção cinematográfica, em 1898, foram realizadas as primeiras filmagens no
Brasil. Somente em 1907, com o advento da energia elétrica industrial na cidade,
o comércio cinematográfico começou a se desenvolver.
Nesta fase
predominou filmes de reconstituição de fatos do dia-a-dia. A partir de 1912,
das mãos de Francisco Serrador, Antônio Leal e dos irmãos Botelho eram
produzidos filmes com menos de uma hora de projeção, época em que o cinema
nacional encarou forte crise perante o domínio norte-americano
nas salas de exibição, os cine jornais e documentários é que captavam recursos
para as produções de ficção.
Em 1925, a qualidade e
o ritmo das produções aumentam, o cinema mudo brasileiro se consolida e os
veículos de comunicação da época inauguram colunas para divulgar o nosso
cinema. Entre os anos 30 e 40, o cinema falado abre um reinício para a produção
nacional que se limita ao Rio em comédias populares, conhecidas como chanchadas
musicais que lançaram atores como Mesquitinha, Oscarito e Grande Otelo. A
década de 30 foi dominada pela Cinédia e os anos 40 pela Atlântida .
Sinônimo da tradição cinematográfica
brasileira a Cinédia associada desde o primeiro momento ao modelo
hollywoodiano surgiu em 15 de março de 1930, no Rio de Janeiro, tendo sido idealizada
por Adhemar Gonzaga, e se dedicou a produzir dramas
populares e comédias musicais, que ficaram conhecidas pela denominação genérica
de chanchadas.
Atlântida
Cinematográfica fundada em
18 de setembro de 1941, por Moacir Fenelon e José Carlos Burle com um objetivo
bem definido: promover o desenvolvimento industrial do cinema brasileiro.
Liderando um grupo de aficionados, entre os quais o jornalista Alinor Azevedo,
o fotógrafo Edgar Brazil, e Arnaldo Farias, Fenelon e Burle prometiam fazer a
necessária união de um cinema artístico com o cinema popular.http://www.atlantidacinematografica.com.br/sistema2006/historia_texto.asp
Teatro Brasileiro de Comédia
No período de 1950
a 1960, em São Paulo, paralelo à fundação do Teatro Brasileiro de Comédia e
abertura do Museu de Arte Moderna, surge o estúdio da Vera Cruz que através de
fortes investimentos e contratação de profissionais estrangeiros buscam
produzir no Brasil, uma linha de filmes sérios, industrial, com uma preocupação
estético-cultural hollywoodiana e com a participação de grandes estrelas como
Tônia Carreiro, Anselmo Duarte, Jardel Filho, entre outros.
Vera Cruz tinha
uma produção cara e de qualidade, mas faltava-lhe uma distribuidora própria e
salas para absorver a sua produção, uma de suas produções foi premiada em Cannes,
o filme Cangaceiro, de Lima Barreto.
Em oposição às
produções paulistas e cariocas, surgem cineastas independentes que a partir da
década de 60, buscam manter a pretensão artística da Vera Cruz, como por
exemplo, Walter Hugo Khouri, e uma esfera neo-realista, com o filme “Rio 40°”
de Nelson Pereira dos Santos.
Nesta fase há o fenômeno de filmes feitos na
Bahia, por baianos e sulistas, como o “Pagador de Promessas”, é o surgimento
do Cinema Novo,
movimento carioca que abarca o que há de melhor no
cinema nacional, época de intensa produção e premiação de nomes como os
de Glauber Rocha,
Serraceni, Ruy Guerra, entre outros.
Hoje o cinema
Brasileiro esta recheado de ótimos profissionais e atores com fama
internacional tendo em suas produções grandes bilheterias nacionais, grandes comédias
e temas sociais abordando todos os aspectos da arte, festivais nacionais tem alcançado cada
vez mais um grande numero de pessoas aumentando o numero de cinéfilos e
produtores independentes.
Cabe lembrar que o cinema nos mostra caminhos de liberdade de expressão, já as telenovelas castram seu publico e são manipuladas de acordo com a audiência e ou situações que por vezes só tendem a desfavorecer as minorias.
Nossos comentários.
"Iracema" por Eduardo Lima de Siqueira
"Bom, na minha
humilde opinião o filme IRACEMA, UMA TRANSA AMAZONICA tem tudo a ver com o que
foi pedido porque comentamos durante a aula sobre como as vestimentas
"falam" de cada um. Vejam o shorts da Iracema, tem o Slogan
"beba Coca cola" .Por que uma
índia brasileira estaria usando uma roupa com essa estampa em plena Floresta
Amazônia, Rodovia Transamazônica, lá nos anos 70 do século XX ?
`E...o passado e a
historia do presente....
Viram as tragédias
de marco 2013, provocadas por deslizamentos de encostas da região Serrana do
Rio de Janeiro e litoral norte de São Paulo? As construções
"irregulares" e "favelas" de baixo, médio e alto padrão, já
são responsáveis ate o momento por 27 mortes. Alguém sabe o que significa a
palavra "FAVELA”? Até onde eu sei era o nome dado a certas arvores que
cresciam nas encostas da Mata Atlântica Brasileira.
Ai vem àquela frase
da carta de um famoso chefe Indígena ao presidente dos EUA... "tudo que
ocorrer com a mãe terra recairá sobre os filhos da terra..."
http://pt.wikipedia.org/wiki/Iracema_-_Uma_Transa_Amaz%C3%B4nica
http://rioonwatch.org.br/?p=2973
http://www.ecoterrabrasil.com.br/home/index.php?pg=curiosidades&tipo=temas&cd=1152
DESENHOS
ANIMADOS E FOTOGRAFIA
DESENHOS
ANINADOS
A criação de
desenhos é algo instintivo do ser - humano, que o acompanha desde a época
pré-histórica. A busca por desenvolver seus primitivos desenhos, fez com que se
tornassem os desenhos de hoje, talvez não melhores ou mais evoluídos, porém
mais atuais, uma adaptação para às crianças (e, por que não dizer, aos
adultos).
O primeiro desenho animado pode ser
considerado Fantasmagorie em 1908. Desenvolvida pelo francês Emile Cohl, ela
tinha apenas aproximadamente 2 minutos Mas os primeiros desenhos animados como
conhecemos hoje surgiram apenas na década de 1910, no então cinema mudo e sem
cores, quando a maioria das animações era de curta-metragem, geralmente visando
a um público mais adulto, com piadas e roteiros.
Continuando a linha do tempo, vemos o
surgimento de animações como O Gato Félix
que incrivelmente faz sucesso até hoje e que foi criado na década de 20, ainda sem cores nem falas. Ainda na mesma década, temos o surgimento da Disney e do famoso camundongo Mickey, sendo o primeiro desenho com efeitos sonoros, tendo a voz do próprio criador, Walt Disney, sendo uma completa revolução para a época, tornando o desenho um imenso sucesso. Graças a esse trabalho o pobre camundongo trabalha até hoje, estrelando mais de 100 curtas.
Na década seguinte, surgi uma personagem bastante influenciada
pela época: Betty Boop, uma menina de cabeça grande e olhos redondos, com uma
cara de santinha, e com um vestido não muito adequado para os padrões vividos,
mostrando a faixa etária a qual o desenho destinava-se. Ainda sem cores, mas
com som, ela foi um sucesso, até que o regime anticomunista a colocasse como um
dos problemas a serem solucionados. Para “preservar a moral” americana, ela
ganhou uma roupa mais comportada e trocou sua personalidade, se tornando uma
esposa obediente. Teve seu fim em 39, voltando algumas vezes em filmes ou
produtos.
Ainda na década de 30, mais precisamente em 1932, Walt Disney
inova novamente e traz o primeiro desenho animado colorido: Flores e Árvores. E
no embalo do sucesso de seus desenhos o surgimento de novas empresas da área,
como a Warner.
A Warner, que apenas tentava copiar a formular de seu
concorrente, teve seus desenhos remetidos ao completo fracasso. Mas, ao buscar
uma nova formula, apelando para a insanidade dos personagens, criou, no final
da década, Pernalonga e companhia. Nos anos seguintes, com a preocupação
mundial da guerra, os desenhos não tiveram grandes alterações, apenas o
acréscimo de personagens: Tom e Jerry, pela Warner, e Zé Carioca, uma homenagem
aos cariocas, pela Disney. Até então, os desenhos eram exibidos no cinema, o
que mudaria no decorrer do tempo.
William Hanna e Joseph Barbera se juntaram com um nobre
objetivo: levar os desenhos animados para a televisão. Em 1949, estrearam Os
Flinstones, Zé Colméia, Manda Chuva, Os Jetsons e muitos outros que ainda hoje,
podem ser conferidos no canal da TV a cabo, Boomerang.
As décadas de 50, 60 e 70 se seguiram com esses desenhos que apresentavam problemas do cotidiano da família, não importava o quão estranho ela fosse. E também teve o surgimento de desenhos famosíssimos como Frajola e Piu Piu, Papa-léguas e Pica-Pau, que geralmente seguiam a mesma fórmula repetitiva: tinham bastante pancadaria gratuita e uma caça incessante entre os dois personagens principais, com o caçador sempre apanhando.
Nos anos 80, nasceram muitos dos desenhos que
fizeram à cabeça da geração que hoje é jovem, mas nem tão jovem assim. Muitos
dos desenhos que passam hoje nas manhãs do SBT , como He-Man e os Mestres do
Universo, Transformers, Caverna do Dragão e Thundercats, são dessa época,
quando a fórmula do sucesso não era apenas a famosa perseguição e vitória da
caça, mas que exigia a luta entre os personagens, vitória dos bonzinhos,
contando com uma lição de moral para finaliza o episódio.
Em 90, vemos um aprimoramento no humor dos
desenhos. Sátiras se tornam comuns e as piadas, mais elaboradas. As lutas
diminuíram, mas de forma mais suave e cômica ainda estavam presentes. Nessa
década, Steven Spilberg foi contratado pela a Warner, e tornando-se o encarregado
desenvolveu desenhos atualíssimos e muito divertidos como Pink e Cérebro, dois
ratos de laboratório que querem dominar o mundo e para isso, usam planos mais
do que mirabolantes; Animaniacs, três irmãos endiabrados e Freakazoid, que por
ser tão insano, tornou-se excelente.
A volta de desenhos mais extremistas também foi marca do
período, como o sucesso Bob Esponja e tantos mais que ainda estão por vir..
FOTOGRAFIA
A primeira descrição de algo parecido com
uma máquina fotográfica foi escrita por um árabe, Alhaken de Basora, que viveu
há aproximadamente 1000 anos. Ele descobriu como se formavam as imagens no
interior de sua tenda quando a luz do sol passava pelas frestas do tecido.
Assim foram relatados os princípios do que viria a ser a câmera
fotográfica.
No século XVII,
as câmeras escuras deixam de ser grandes e passaram a ser móveis, desmontáveis
e semi portáteis. Desenhar com luz, este, na verdade, era a utilidade destes
objetos, por isso o significado etimológico das palavras gregas: foto (luz) e
grafein (desenhar).
Os irmãos
franceses Jean Niceforo e Claude Niepce são os primeiros a relacionar a imagem
realizada com luz e uma câmera escura. Mas eles não foram os únicos
investigadores desta atividade, em que pese que fossem os únicos a chegar ao
fim de esta prática.
Mesmo o avanço
tendo sido notável, levava de 25 a 30 minutos para tirar uma fotografia, e se
houvesse sol. Mas este não era seu principal inconveniente, senão a dificuldade
de obter cópias. E foi outro inventor, William Henry Talbot (1800 – 1877), que
fazia experiências com o que chamou de calótipos, que superou o problema em
1841. Com seus calótipos obtinham-se negativos que logo deveriam ser passados
aos positivos em outras folhas. Em 1844, foi publicado o primeiro
livro com fotografias.
A partir de
então, as investigações se concentraram em conseguir um papel para os negativos
que fosse suficientemente sensível para ser rapidamente impresso. Em 1848, um
escultor inglês, Frederick Scott Archer, inventou o processo de colódio úmido.
O colódio (composto por partes iguais de éter e álcool numa solução de nitrato
e celulose) era empregado como substância ligante para fazer aderir o nitrato
de prata fotossensível à chapa de vidro que constituía a base do negativo. A
exposição era feita com o negativo úmido (esta é a origem do nome colódio
úmido). A revelação tinha de ser feita logo após a tomada da fotografia.
Só depois de
alguns avanços científicos foram obtidas fotografias coloridas. Gabriel Lippman
foi o primeiro investigador que mediante um complexo método conseguiu
fotografar o espectro visivel com toda sua riqueza cromática. Os
irmãos Lumière também contribuíram, mas foram Luis Ducos du Hauron e Carlos
Cross as pessoas que criaram um método que consistia na impressão de três
negativos através de filtros coloridos em vermelho e azul.